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Para que existe arte?

Teatro de rua, para que te quero? 
    
A pouca quantidade de grupos de teatro dispostos a levar suas peças para as ruas não é provocada apenas pelo desconforto típico das praças ou pela pouca bilheteria, (entenda-se bilheteria como retorno financeiro) porque o público está sempre lá, nas ruas.

E se alguém, num passeio largo ou numa praça fizer uma interjeição em alto e bom som, haverá sempre pessoas dispostas a escutar perguntando-se se este alguém que fala é um vendedor de pomadas milagrosas ou um louco, até que esse alguém lhe traga questões relevantes o bastante para fazer-lhe ouvir por mais alguns instantes.   

Poderíamos então pensar que o que deve estar faltando são as questões. Falar sobre o que? O que levar para as ruas? O mesmo que se tem levado para os palcos? Questões sociais e políticas que vêm sempre temperadas com um pouco de comédia  mais uma pitada de sexo para não perder a graça, ou melhor, o público? E, por favor, não me diga que é disso que o público gosta, pois isto é subestimar a inteligência e o gosto dos espectadores em detrimento da pouca criatividade para a produção de outros mecanismos que lhe prendam a atenção.   

Apesar de, no Brasil, por conta do período de cerceamento à liberdade de expressão, o teatro de rua ter adquirido uma característica de militância, não só assuntos políticos e sociais deveriam ser abordados nas ruas, mas o lúdico, o mundo dos sonhos poderia também ser retratado para os que na rua vão e vem.

Há esta altura é preciso repensar o valor da arte, ou, para ser mais específico repensar a arte que estamos fazendo. Para quem e porque fazemos?    Pensar estas questões talvez resolvesse o problema das linguagens utilizadas que às vezes não comunicam exatamente o que propuseram, fazendo com que o espectador termine o espetáculo sem entender a mensagem. Pensar também que nestes tempos onde quase 100% dos lares brasileiros possuem aparelho de TV que lhe fornece programas de péssimo ou nenhum teor artístico, levar arte para as ruas é democratizá-la, é fomentar a melhoria da educação cultural dos nossos concidadãos ou, ao menos, instigá-la.

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  1. setembro 3, 2007 às 6:29 pm

    Você bota para F adoro você minha flor de maracujá

  2. milton almeida
    setembro 21, 2007 às 5:24 pm

    A Arte sangra nas ruas,nas bocas e nas mídias digitais…É preciso retomar na pele do texto um outro sentido para a experiência estética!Mey…
    Vc precisa saber da piscina da carolina…E eu também!

  3. fevereiro 28, 2010 às 11:24 pm

    pras pessoas se expresarem

  1. janeiro 25, 2011 às 8:41 pm

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